São Paulo, quarta-feira, 21 de junho de 1995
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Ex-detidos ficam com rebeldes

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Três jornalistas que acompanhavam o comboio dos rebeldes tchetchenos como reféns se uniram ao grupo guerrilheiro liderado por Chamil Basaiev.
Eles continuaram com o grupo rebelde até sua base, nas montanhas da Tchetchênia.
Segundo as agências de notícias russas "Interfax" e "Itar-Tass", eles assinaram documentos assumindo estar entrando na Tchetchênia por vontade própria.
O caso é inédito na Rússia. Não foi explicado, porém, se eles estão querendo fazer reportagens a partir do convívio com os rebeldes ou se aderiram à causa tchetchena.
O governo russo disse, em uma nota, que não iria comentar a união dos jornalistas aos "bandidos tchetchenos".
O presidente russo, Boris Ieltsin, convocou membros do Conselho de Segurança do país e o premiê Viktor Tchernomirdin, que negociou a saída dos guerrilheiros, para discutir os motivos da crise.
Com o fim da crise, tensa, porém menos sangrenta do que o previsto, Ieltsin foi "apagado" pela atuação de Tchernomirdin.
A reunião a ser realizada em Moscou deve apontar falhas no processo de negociação, uma vez que a linha dura militar russa considerou o final da crise vexatório para o Exército do país.

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