São Paulo, quarta-feira, 21 de junho de 1995
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Encontrado morto juiz mexicano que acusou presidente de tribunal

FLAVIO CASTELLOTTI
DA CIDADE DO MÉXICO

Foi encontrado morto às 9h de ontem o juiz Abraham Polo Uzcanga, que havia feito várias denúncias contra a Justiça mexicana no caso Ruta-100.
A Ruta-100 era a maior empresa de transporte coletivo do país e foi declarada falida pelo governo do Distrito Federal no dia 8 de abril.
``Havia um revólver ao lado do cadáver, no escritório de um de seus filhos, mas ainda é muito cedo para afirmar se foi homicídio ou suicídio", disse o procurador de Justiça do Distrito Federal, José Antonio González.
Polo Uzcanga havia apresentado ao Tribunal Federal de Justiça denúncias de ``má conduta" do inquérito de falência da Ruta-100.
As denúncias citavam nominalmente o presidente do Tribunal Superior de Justiça do Distrito Federal, Saturnino Agüero.
Agüero negou qualquer envolvimento na morte e disse estar interessado em ``respostas rápidas".
A Ruta-100 empregava 14 mil pessoas e era administrada pela prefeitura e pelo sindicato.
Seis líderes sindicais foram presos nas últimas semanas, acusados de desviar US$ 3 milhões.
Essa foi a terceira morte de pessoas envolvidas no inquérito.
Em 10 de abril, suicidou-se o secretário de Transportes do Distrito Federal Luis Miguel Moreno. A polícia suspeita que ele também estivesse envolvido no caso.
Na última segunda-feira, foi assassinado o subprocurador encarregado do caso, Jesús Humberto Priego Chávez, que havia decretado a prisão dos líderes sindicais.

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