São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Agrícolas podem gerar polêmica

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Uruguai, Julio Maria Sanguinetti, afirmou ontem que as normas de comercialização de produtos agrícolas podem gerar nova polêmica no Mercosul, depois da questão das cotas para importação de carros entre Brasil e Argentina.
``Continuaremos a ter problemas, por sorte. Se um processo de integração não tem problemas é porque não há mudanças", disse.
Sanguinetti defendeu a criação de instituições permanentes para resolver as disputas entre os países do Mercosul, entre governos ou empresas, mas não neste momento. ``Virá com o tempo, em um processo natural."
Ele acha que os países não devem abrir mão do protecionismo (restrições a importações garantindo o mercado interno ao produtos do país). ``O Mercosul não deve ser um mecanismo de abertura indiscriminada da economia."
O presidente uruguaio entende que as restrições podem até representar interesses convergentes entre Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil.
Ele citou o exemplo do arroz, que teve alíquota de importação aumentada pelo Brasil. ``Coincide com os nossos interesses, porque também dá proteção ao nosso arroz".
Esta convergência é frequente, de acordo com Sanguinetti, porque o que mais preocupa são os produtos que vêm de fora do Mercosul.

Texto Anterior: Indústria têxtil pede a Malan adoção de cotas
Próximo Texto: Negociação continua na segunda
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.