São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995
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Meta do PFL é chegar a cem deputados

GABRIELA WOLTHERS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PFL pretende atingir até o próximo dia 30 a marca de cem deputados na Câmara. Ontem o partido conseguiu mais uma adesão -o deputado Francisco Diógenes (AC) deixou o PMDB para ingressar no time dos pefelistas.
O aumento da bancada faz parte do projeto ``PFL 2000", cujo objetivo é ``levar o partido a um papel hegemônico na vida política do país", como diz o folheto que explica as diretrizes da legenda.
Em outras palavras, o PFL quer se tornar o partido mais importante do Brasil até o final do século.
Segundo o folheto, a estratégia é ``assumir posições de liderança no cenário nacional, buscar o poder como instrumento necessário à realização de seu programa e suas propostas políticas".
No início desta legislatura, o PFL tinha 89 deputados. O líder do partido na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), disse ontem que, na verdade, eram 93, pois quatro eleitos não assumiram seus mandatos por terem sido designados secretários em seus Estados.
Os suplentes desses secretários não são do PFL. ``Mas as vagas devem ser contadas como do PFL", disse Inocêncio.
Em apenas cinco meses, o partido já abocanhou quatro deputados que foram eleitos por outras legendas, totalizando 97 parlamentares.
``Vamos completar os cem até o final do mês", disse ontem Inocêncio na reunião que oficializou a adesão de Diógenes.
Os três que estão prestes a entrar no PFL são, diz Inocêncio, Régis de Oliveira (PSDB-SP), Francisco Rodrigues (PSD-RR) e Salatiel Carvalho (PP-PE).
Líderes nos Estados
O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, reafirmou que o partido deverá chegar ao fim do mês com cem deputados, mas disse que a quantidade não é a prioridade agora.
``O que queremos mesmo é conquistar líderes fortes nos Estados", afirmou Bornhausen. Segundo ele, essa ``conquista" é importante porque assim o partido terá candidatos fortes nas eleições para prefeitos (1996) e para governadores (1998).
Uma das principais preocupações dos pefelistas é o Estado de São Paulo, onde o partido não conseguiu até agora uma ``identificação com o eleitorado".
Bornhausen deixou claro que o PFL ainda não desistiu de ter em seus quadros o senador paulista Romeu Tuma, eleito pelo PL e recém-filiado ao PSL.

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