São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995
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Livro cita o caso Para-Sar

EMANUEL NERI
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O livro de Moraes também acusa Burnier de montar esquema terrorista em 1968 para explodir um gasômetro, no Rio. A estratégia seria atribuir a explosão à oposição ao regime militar.
Em consequência, 40 políticos seriam presos e jogados ao mar.
O plano previa a participação do Para-Sar, tropa de pára-quedistas da Aeronáutica. O capitão Sérgio Ribeiro de Carvalho, que comandava o Para-Sar, disse ter-se recusado a participar e acusou Burnier.
Punição
Carvalho foi transferido para a reserva. Em 1974, o brigadeiro Eduardo Gomes enviou carta ao presidente Ernesto Geisel chamando Burnier de ``insano" e pedindo ``justiça" para o capitão.
Em 1992, o STF determinou a reintegração de Carvalho à Aeronáutica como brigadeiro. Morreu de câncer em 1994, sem que o governo atendesse à ordem da Justiça.

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