São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995 |
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Efeitos especiais vão "reviver" atores
RONI LIMA
Hoje, segundo a produtora norte-americana de efeitos especiais Janet Healy, já é possível criar, em terceira dimensão, uma figura humana para ``trabalhar" como ator de cinema. Produtora da empresa Industrial Light & Magic, a principal fornecedora efeitos especiais a filmes de Hollywood, do cineasta George Lucas, ela diz que ainda serão necessários alguns anos para criar com perfeição características de pele e cabelo. ``Isso vai exigir muita memória de computador", diz, salientando ter reservas quanto à criação de ``atores" que sejam clones de astros do passado já mortos. Mostra Healy está no Rio para participar da mostra ``A Construção do Futuro - Mais um Século de Cinema", promovida pela produtora Neon Rio no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil). Moradora de San Francisco, Califórnia (EUA), ela é responsável pela produção de efeitos especiais de filmes como ``Parque dos Dinossauros", ``Forrest Gump" e ``Gasparzinho, o Fantasminha Camarada", a ser lançado nacionalmente amanhã. Healy chefia uma equipe de 450 técnicos, que costuma tornar o impossível possível na tela. Em ``Forrest Gump", por exemplo, um personagem que voltara mutilado da guerra do Vietnã teve suas pernas ``amputadas" por efeitos especiais. Em ``Forrest Gump" também foi possível fazer o protagonista Tom Hanks ``contracenar" com presidentes norte-americanos como John Kennedy, Lindon Johnson e Richard Nixon. A tecnologia avança e fica mais barata, segundo Healey. Em ``Parque dos Dinossauros", por exemplo, foram feitas 50 tomadas (trecho de filme gravado sem interrupção) para criar seis minutos e meio de animação. Em ``Gasparzinho, o Fantasminha Camarada", foram feitas 350 tomadas em terceira dimensão, gerando 47 minutos e meio de efeitos especiais. Os custos, porém, caíram quatro vezes. Texto Anterior: Imigrante judeu compõe 'raça' brasileira Próximo Texto: 'Gasparzinho' usa novo método Índice |
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