São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995
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Rei se casou com plebéia teuto-brasileira

SILVIO CIOFFI
DA REDAÇÃO

Como num conto de fadas, o rei Carlos Gustavo da Suécia casou-se em 19 de junho de 1976 com a teuto-brasileira Sílvia Renate de Toledo Sommerlath.
Sua majestade tinha então 30 anos -nasceu em Estocolmo no dia 30 de abril de 1946-, e já usava sua coroa há três anos.
Carlos 16º Gustavo (na Suécia os reis recebem o número ordinal após o primeiro nome) herdou o trono de seu avô, Gustavo 6º Adolfo, último monarca a deter grande poder político antes da reforma constitucional ocorrida na Suécia, em 1971.
Único filho homem do príncipe Gustavo Adolfo, descendente do marechal Bernadotte, e da princesa Sibylla da Saxônia-Coburgo e Gotha, de uma das mais tradicionais famílias reais européias, o rei Carlos Gustavo fez serviço militar com ênfase na Marinha, estudou história, sociologia e finanças.
Foi também um figura carimbada de revistas de fofocas, apareceu velejando, esquiando, pilotando carros de corrida e rápidos romances até que encontrou sua rainha, aliás uma plebéia.
O conto de fadas moderno começou em Munique, na Alemanha, em 1972, quando a futura rainha trabalhava como intérprete e anfitriã nas Olimpíadas.
Caçadores de fofocas logo descobriram o casal na Holanda a bordo de um Porsche e muitos apostaram num romance passageiro.
Nascida em Heidelberg, na Alemanha, em 1943, Sílvia Sommerlath não tem ascendência nobre. É filha de uma brasileira e de um alemão que representou uma firma sueca e morou em São Paulo.
Entre o romance durante as Olimpíadas e o compromisso de noivado quatro anos se passaram. Mas foram precisos apenas três meses para que o rei-noivo levasse a rainha que elegeu para o altar.
Sílvia Sommerlath se transformou na 25ª rainha da Suécia e uma carruagem, daquelas das histórias de reis e príncipes, desfilou o casal pelas ruas de Estocolmo.
O casal real tem três filhos.
A princesa Vitória, nascida em 1977, é virtual herdeira do trono desde que uma lei de sucessão de 1980 substituiu outra, de 1810, determinando que, independentemente do sexo, a coroa cabe ao filho mais velho.
(SC)

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