São Paulo, sábado, 24 de junho de 1995 |
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Americanos querem oficializar relação 'Casal' gay vive junto há 50 anos AURELIANO BIANCARELLI
Goforth e Menas são um dos milhares de casais homossexuais norte-americanos que querem se casar. Não se trata de um mero ritual de troca de alianças. Os gays e lésbicas estão exigindo o direito a um casamento legal como o lavrado entre homens e mulheres. Como esposos, querem ter os mesmos direitos garantidos aos casais: pensões, heranças, indenizações, seguro comum, decisões sobre filhos adotados, proteção do Estado em caso de divórcio e o simples direito de estar ao lado do companheiro num quarto de hospital ou decidir se seu corpo será cremado. ``O casamento que queremos é uma questão de igualdade de direitos", diz Donna Red Wing, da Glaad, a Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação. Em 1991, dois casais de lésbicas e um de gays entraram na Justiça de Honolulu -capital do Estado- exigindo o direito ao casamento. Dois anos depois, a Suprema Corte daquele Estado considerou que o impedimento ao casamento era ilegal, já que a Constituição garante igualdade entre os sexos e proíbe discriminação. Um novo julgamento está marcado para setembro e a decisão final deve ocorrer em 96. Se a Suprema Corte do Havai autorizar o casamento dos três casais, ``o caminho estará aberto", diz Donna Wing. De acordo com a Constituição americana, um Estado tem de reconhecer os direitos garantidos pela Justiça de outro Estado. Significa que milhares de casais gays norte-americanos poderão voar até Honolulu e se tornar esposos legalmente. O jornalista Aureliano Biancarelli viajou a convite da Genos International, Advocates for Youth e Fundação MacArthur. Texto Anterior: Lei brasileira não permite legitimar 'casamento gay' Próximo Texto: Serviços essenciais: direito de greve Índice |
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