São Paulo, segunda-feira, 26 de junho de 1995 |
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Manchete sai do rame-rame
INÁCIO ARAÚJO
A história transita do século 18 ao 19, tem um homem cuja espírito encarna em um descendente, inspira-se em Edgar Poe e Lovecraft, dois mestres do terror. Mas este é sobretudo um filme do qual as cópias deixaram de circular há muito tempo, que não se encontra em locadoras de vídeo. Enfim, reencarna na TV. Vamos ver. É quase o caso de ``Fibra de Herói" (Record, 13h15), de Budd Boetticher, com a sutil diferença que a emissora exibe alguns dos filmes de Boetticher mês sim, mês não, já faz muito tempo. No caso, Randolph Scott está às voltas com um jovem mexicano perseguido pelos poderosos de uma cidadezinha de fronteira. A questão, de certo modo, está nos outros filmes: por que -mais ou menos inéditos- o espectador é submetido a uma dieta diabólica de mediocridades? Aceita-se no caso da Globo, que tem de manter uma grande audiência, essas coisas. Mas, o que dizer de emissoras alternativas que continuam alternativas independente dos filmes que exibam? É uma pergunta de que todo mundo tira o corpo fora, nas TVs. Mas, sabe-se, existe uma infinidade de filmes belíssimos e eventualmente muito populares fora de circulação e que permanece inexplorada. E, a julgar pela média dos filmes programados pela própria Manchete, parece que o filme de Corman caiu ali por acaso. (IA) Texto Anterior: Gays e lésbicas buscam seu lugar na mídia Próximo Texto: Cinema e jornalismo têm área de atrito Índice |
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