São Paulo, quarta-feira, 28 de junho de 1995
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FHC devolve pompa ao Palácio do Itamaraty

WILLIAM FRANÇA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Palácio do Itamaraty está retomando, com o presidente Fernando Henrique Cardoso, uma função perdida nos dois anos e meio do governo Itamar.
Seus amplos salões voltaram, com pompa e circunstância, a ser o centro das recepções às delegações estrangeiras.
Em seis meses de governo, o presidente Fernando Henrique já recebeu para jantares oficiais as delegações do Canadá, Irlanda, Turquia, Líbano, Uruguai e Itália -os três últimos nas últimas três semanas.
O jantar oferecido anteontem ao presidente da Itália, Oscar Luigi Scalfaro, e a sua comitiva teve um toque especial: a exigência de traje de gala.
Os 190 convidados -entre políticos, artistas e algumas socialites- degustaram um cardápio com direito a camarão e mousse de goiaba, além de vinho tinto argentino e vinho branco nacional.
O cerimonial do Itamaraty tem conseguido combinar pompa com descontração. FHC é o principal responsável por isso.
Não se incomoda em usar traje de gala. Seu antecessor, Itamar Franco, evitou ir à festa de posse de FHC justamente por ter de usar um smoking.
O presidente e a mulher, Ruth Cardoso, também não enfrentam a dificuldade que inibe um bom diálogo, a língua. Em inglês, francês, espanhol e até um pouco de italiano, FHC se comunicou sem intérpretes.
Apesar de levar um texto escrito, faz improvisações. Sempre cita um fato vivido por ele ou por sua família que o liga ao país do convidado.
A troca de presentes entre as duas delegações também ganhou significado especial. FHC e sua mulher fazem questão de exibir o que ganham e o que ofertam.

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