São Paulo, quarta-feira, 28 de junho de 1995 |
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Empresários pedem explicações a Collor
XICO SÁ
Segundo o livro de memórias que está sendo escrito pelo ex-presidente, esses empresários teriam financiado uma campanha que para derrubá-lo do poder. A Associação Chinesa das Indústrias do Brasil, formada por empresas da China e de Taiwan, encaminhará hoje uma carta a Collor, em Brasília. Os empresários chineses se dizem consternados com as revelações. Magoados, lembram até a mãe de Collor, Leda, morta neste ano. Ela ajudou as empresas da China e Taiwan, em 92, ao encaminhar um documento ao ex-presidente com saus reivindicações. ``A sra. Leda Collor acedeu, com a gentileza e atenção que lhe eram peculiares, ser portadora de uma nossa carta dirigida a Vossa Excelência", diz o empresário Chang Sheng Kai, presidente da associação dos chineses. A Folha não conseguiu localizar ontem Collor, que está em viagem aos EUA. O ex-presidente relata no seu livro, que será editado neste ano, que sua queda foi tramada entre empresários orientais e o ex-presidente Itamar Franco. Itamar, que era o vice, interessado em assumir a Presidência, teria recolhido recursos juntos a empresas para ``comprar" votos de parlamentares antes da decisão do Congresso sobre o impeachment (afastamento de Collor da função de presidente da República). Em troca, os empresários da ``Operação Taiwan" -como é chamada por Collor-, seriam beneficiados em negócios no Brasil. Embora cobrem uma explicação, os chineses lembram, nostálgicos, o período em que viveram em harmonia. ``O relacionamento da comunidade chinesa com Vossa Excelência foi sempre pautado pelo mais profundo respeito e a mais alta consideração", diz. Texto Anterior: Parlamentares têm empréstimos Próximo Texto: Censura a Paralamas é inconstitucional Índice |
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