São Paulo, quarta-feira, 28 de junho de 1995
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BB deve gastar R$ 600 mi com demissões voluntárias

LILIANA LAVORATTI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco do Brasil vai incentivar a demissão voluntária de 15 mil funcionários antes da data-base da categoria, em setembro. O plano deverá custar ao banco cerca de R$ 600 milhões, de acordo com estimativas feitas por entidades ligadas aos servidores do BB.
Em troca do desligamento voluntário, o BB vai oferecer uma série de vantagens além de todos os direitos garantidos em lei aos demitidos sem justa causa. O objetivo é desligar do quadro os servidores com mais de 12 anos de banco e com salários mais elevados.
A demissão no BB faz parte do projeto do governo de sanear os bancos federais. Isso acontecerá por meio da redução de funcionários e do fechamento de agências.
Além da liberação do saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e da multa de 40%, o BB vai conceder uma série de vantagens extras, como a multa de um salário por estar demitindo um mês antes da data-base. Outro benefício é a devolução de 98% das contribuições pagas à Previ (fundo de pensão dos funcionários do banco).
Para o servidor que optar por não liberar os depósitos da Previ, o banco assumirá por mais cinco anos o pagamento das cotas patronal e funcional para que o funcionário adquira o direito à aposentadoria, desde que tenha tempo complementar na Previdência Social.
Como incentivo, o banco ainda oferecerá um percentual por ano de trabalho no banco. Estes percentuais são os seguintes: 30% do salário para o funcionário com até 15 anos, 50% para quem tiver entre 16 e 20 anos de banco e um salário para o servidor com 21 a 27 anos de trabalho.
Quem aderir ao plano de desligamento também terá direito aos benefícios da Cassi (plano de saúde e assistência médica) por mais 18 meses depois da demissão. O BB ressarcirá à Cassi as despesas do funcionário e seus dependentes.
O plano de demissão voluntária é dirigido a cerca de 55 mil servidores do BB que exercem postos efetivos com mais de 12 anos de banco, caixas executivos com mais de 14 anos de carreira e cargos de gerência média com mais de 17 anos na instituição. Os funcionários admitidos até 15 de abril de 1967 estão excluídos.

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