São Paulo, segunda-feira, 3 de julho de 1995
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Ex-refém brasileiro será recebido em Brasília

CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O capitão Harley Alves, 36, que ficou 23 dias como refém dos sérvios na Bósnia, passou o domingo com a mulher e suas duas filhas em Minas Gerais.
Alves almoçou com a mãe em Belo Horizonte. Depois, assistiu a uma apresentação de balé, em Nova Lima (região metropolitana de Belo Horizonte). Suas duas filhas, Natacha, 7, e Amanda, de 4, participaram da apresentação.
O capitão aproveitou sua ida a Nova Lima para agradecer publicamente as pessoas que aguardaram sua libertação. Alves chegou ao Brasil na última sexta-feira.
``Sou uma pessoa de fé. Rezei todos os dias em que estive preso e sentia uma força muito grande que vinha do pensamento das pessoas", disse o capitão.
Harley Alves fica no Brasil até o próximo dia 12, quando retorna a Sarajevo. Ele trabalha como observador militar da ONU (Organização das Nações Unidas).
Sua missão na Bósnia termina em 25 de setembro. Ele comunicou aos superiores que gostaria de servir na guarnição de Vila Velha, no Espírito Santo, quando encerrar seu trabalho na ONU.
Antes de voltar para a Bósnia, ele tem um compromisso em Brasília, quando será recebido nos ministérios do Exército e das Relações Exteriores.
``Seria uma honra para mim se eu fosse recebido também pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, mas esta visita ainda não foi confirmada", disse.
Alves ficou sabendo, no sábado, que outro observador da ONU, o capitão do Exército Rui Matsuda, ficou como refém de camponeses ligados à PAC (Patrulha de Autodefesa Civil), na Guatemala.
Matsuda foi liberado na última quinta-feira. "Quem for para uma missão como essa tem de estar disposto a enfrentar uma situação dessas", disse Alves.

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