São Paulo, quarta-feira, 5 de julho de 1995
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Escassez de dinheiro ameaça informatização

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A informatização das eleições municipais do próximo ano está ameaçada pela falta de dinheiro.
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos Velloso, foi ontem bater à porta do ministro José Serra (Planejamento) e pediu a liberação de um crédito suplementar de R$ 300 milhões.
Segundo Velloso, o corte no orçamento da Justiça Eleitoral, feito ano passado pelo Congresso, compromete o funcionamento da máquina administrativa e inviabiliza a implantação do voto eletrônico.
O corte de verbas feito pelo senador Gilberto Miranda (PMDB-AM), relator da proposta de orçamento, chegou a mais de 90% em determinados itens.
O projeto de informatização será realizado em três etapas. A idéia é que seja implantado, no próximo ano, em 53 municípios, incluindo as capitais com mais de 200 mil eleitores. Isso representa quase 30% do eleitorado nacional (30.110.176 pessoas).
Nas eleições gerais de 1998 para presidente da República, governador, senador, deputado federal e estadual, o objetivo do TSE é atingir 70% do eleitorado. O voto eletrônico só alcançaria o restante do país nas eleições do ano 2000.
Segundo o presidente do TSE, Serra prometeu uma solução rápida para adequar o orçamento reduzido da Justiça Eleitoral. ``Isso é importante porque a informatização das eleições é uma proposta moralizadora, que eliminará as fraudes eleitorais", disse.
O tribunal espera que a liberação de parte dos recursos ocorra até o final deste mês, quando deverão estar prontos os protótipos das urnas eletrônicas. A licitação para a compra dos equipamentos será feita por meio de convênio com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

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