São Paulo, quarta-feira, 5 de julho de 1995
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Carcereiros são acusados de dar armas a presos

DA FOLHA SUDESTE

A Polícia Civil prendeu ontem três agentes penitenciários e a mãe do preso José de Arimatéia Vieira, morto em uma rebelião, em junho, na Casa de Detenção de Hortolândia (115 km a noroeste de SP).
Eles são acusados de envolvimento na facilitação da entrada de armas na Detenção antes da rebelião, iniciada no último dia 20. Após o motim, foram apreendidos dois revólveres com os presos.
A rebelião durou mais de 25 horas e acabou com seis mortes. Esse foi o conflito no sistema penitenciário do Estado com maior número de mortes desde o massacre de 111 presos na Casa de Detenção de São Paulo, em outubro de 92.
Segundo o delegado Luiz Antônio Loureiro Nista, do 1º DP de Hortolândia, os acusados presos tiveram prisão temporária decretada anteontem pela Justiça. Seus nomes não foram revelados.
O agente penitenciário José Luiz Nalin, que está foragido, também teve prisão temporária decretada.
O preso Vieira é apontado pela polícia como um dos líderes do motim, encerrado após a invasão do presídio pela Polícia Militar.
Além de Vieira, também foram mortos dois outros detentos, também supostos líderes da rebelião. Três agentes penitenciários foram mortos pelos presos no motim.
A Detenção integra o Complexo Penitenciário de Hortolândia, que já registrou cinco motins neste ano, três deles só na Detenção.

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