São Paulo, quarta-feira, 5 de julho de 1995 |
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Para Fipe, concorrência pode amenizar alta
SUZANA BARELLI
O primeiro fator, diz Rizzieri, é que, em oposição à pressão por reajustes dos alimentos, há a grande concorrência entre os supermercados e o desaquecimento da economia. ``Com vendas em queda, os supermercados terão muita dificuldade para repassar toda a alta dos preços", diz Rizzieri. Omar Assaf, vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados, afirma que os supermercados ``não têm como não repassar os aumentos de produtos sazonais". A justificativa dos supermercadistas é que sua margem de lucro, ao redor de 2%, já está bastante comprometida. Outro fator que pode segurar a incidência dos aumentos, diz Rizzieri, é que a economia já está bastante aberta para a importação. ``O governo pode, por exemplo, incentivar a importação de carne do Mercosul se a pressão for grande", diz Rizzieri. Wilson Tanaka, presidente do Sincovarga (pequenos supermercados), conta que a oferta de produtos agrícolas (arroz e feijão, por exemplo) já começa a diminuir, o que abre espaços para aumentos no segundo semestre. Tanaka conta que os supermercados estão pagando R$ 17 pelo fardo (30 quilos) de arroz. Em março, a mesma quantidade custava R$ 14,5. ``Os preços estão subindo mês a mês, mas ainda estão abaixo dos R$ 19 de julho de 94." Rizzieri lembra que o preço dos alimentos foi um dos responsáveis pela queda da inflação nos últimos 12 meses. A safra agrícola, com recorde de produção, ajudou a manter os preços agrícolas em queda. Mas a previsão é de pressões por reajustes devido ao período de entressafra. (SB) Texto Anterior: Alimento sobe e pressiona inflação Próximo Texto: Vendas caem e lojistas já 'passam pontos' Índice |
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