São Paulo, quarta-feira, 5 de julho de 1995 |
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Caminho para luz requer compaixão
PAULO COELHO
O abade pediu um tabuleiro de xadrez, chamou um monge e mandou-o jogar com o rapaz. Acrescentou: "quem perder morrerá. Falava sério. O rapaz sentiu que jogava por sua vida o tabuleiro tornou-se o centro do mundo. O monge começou a perder. O rapaz atacou, mas então viu o olhar de santidade do outro. Jogou errado de propósito; preferia morrer, porque o monge podia ser mais útil ao mundo. De repente, o abade jogou o tabuleiro no chão. "Você aprendeu mais do que lhe ensinaram, disse. "Sabe que o caminho para a luz necessita de concentração e compaixão ao mesmo tempo. Aceito-o como meu discípulo. Texto Anterior: `A Fraternidade É Vermelha' é o melhor da trilogia de Kieslowski Próximo Texto: Bomba! O colunista que virou sacoleiro! Índice |
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