São Paulo, quinta-feira, 6 de julho de 1995 |
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Para ministério, restrição permanece LUCAS FIGUEIREDO LUCAS FIGUEIREDO; SHIRLEY EMERICK
Mas essa cota, conforme a Folha apurou, será suficiente para que a Argentina exporte o mesmo número de carros previsto antes de o governo restringir, no mês passado, a importação de carros. Na prática, o que irá definir o volume de carros argentinos exportados para o Brasil será a demanda do mercado brasileiro, que atualmente está retraída. O ministro Pedro Malan (Fazenda) disse que há um diálogo com a Argentina para se chegar a um regime automotivo comum. O atual regime da Argentina limita a importação de automóveis por meio de cotas. Malan afirmou ainda que o resultado das negociações será anunciado brevemente. ``Estamos trocando opiniões e, pela qualidade do diálogo, estou confiante de que chegaremos a um acordo", disse em entrevista à ``Reuters Financial Television". Malan não quis falar à Folha sobre as declarações do ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo, que anunciou anteontem o fim das restrições brasileiras à importação de carros argentinos. ``Jogo de cena" As declarações de Cavallo à Folha foram interpretadas pelo governo brasileiro como um ``jogo de cena" para o público argentino, contrário ao regime de cotas adotado pelo Brasil. A ministra Dorothéa Werneck (Indústria, Comércio e Turismo) evitou comentar a declaração de Cavallo. ``Não vamos fazer negociações pela imprensa", disse ela. A Folha apurou que a ministra e outros membros do governo ficaram irritados com as declarações de Cavallo. Dorothéa afirmou que o embaixador da Argentina no Brasil, Alieto Guadani, ligou para ela ontem e os dois comentaram o fato. ``Fiz comentários sobre a matéria que tinha saído no Brasil, mas reportando à condição brasileira de não fazer negociações pela imprensa", disse. Segundo ela, o acordo de não trocar informações pela imprensa foi feito no mês passado em Buenos Aires. ``Vou manter a palavra", dizia a ministra quando era questionada por repórteres a respeito das afirmações de Cavallo. Colaborou SHIRLEY EMERICK, da Sucursal de Brasília. Texto Anterior: FHC critica cotas de automóveis Próximo Texto: Países negociam antecipação do regime comum Índice |
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