São Paulo, quinta-feira, 6 de julho de 1995
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Ed Motta se rende à MPB para atenuar seu ``lado colonizado"

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REDAÇÃO

A MPB é a maior novidade que Ed Motta, 23, trouxe de uma estada de quase um ano nos Estados Unidos. O show que ele mostra nesta e na próxima semana no Rio inclui -fato inédito em sua carreira- um baião e um choro, pinçados de um rol de mais de 30 novas músicas compostas lá fora.
Nos EUA, Ed finalmente se rendeu à harmonia e à melodia da MPB, ouvindo Chico Buarque, Edu Lobo, Tom Jobim e Guinga.
``Quando comecei a ouvir, chorava de remorsos por ter falado tão mal da música brasileira", diz.
``Até hoje, tentei copiar os americanos em tudo, sempre fiz tudo igual aos caras do soul e do funk", afirma. ``Acho até que era um lado colonizado meu."
Ainda assim, o velho e bom soul ainda predomina. O show, que deve chegar a São Paulo em agosto, é um mix dos discos de Ed Motta. Da fase MPB, entram apenas as duas inéditas e mais ``Beatriz", de Chico e Edu, e ``Samurai", de Djavan.
Ed deve gravar ainda neste ano o primeiro disco da nova fase. Além dele, tem outro semi-acabado, que gravou em inglês com músicos americanos, no estúdio de seu ídolo Donald Fagen. Não há, por enquanto, previsão de lançamento.

Show: Ed Motta
Onde: Mistura Fina (av. Borges de Medeiros, 3.207, tel. 021/537-2844)
Quando: até dia 15 de julho; quarta, quinta e domingo, às 23h, sexta e sábado, às 21h e às 23h
Quanto: de R$ 23 a R$ 26

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