São Paulo, domingo, 9 de julho de 1995 |
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INFERNO DA BIBLIOTECA NACIONAL EM PARIS
ROBERT DARNTON
O sexo é, creio eu, uma dessas. Ao se cristalizar em padrões culturais, o conhecimento carnal fornece material inesgotável para o pensamento, especialmente quando aparece em narrativas: piadas sujas, bravata masculina, fofoca feminina, canções licenciosas e romances eróticos. Sob todas essas formas, o sexo não é apenas um tema, mas também um instrumento para rasgar o véu das coisas e explorar seu funcionamento interno. Ele serve assim às pessoas comuns como a lógica serve aos filósofos: ajuda a extrair sentido das coisas. E foi isto o que o sexo fez na época de ouro da pornografia, de 1650 a 1800, especialmente na França. Texto Anterior: A paradisíaca idéia liberal Próximo Texto: INFERNO DA BIBLIOTECA NACIONAL EM PARIS Índice |
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