São Paulo, domingo, 9 de julho de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Entenda o panorama político mexicano
FLAVIO CASTELLOTTI
Domina com maioria absoluta as Câmaras Estaduais e o Congresso. Até 89, governou sozinho os 31 Estados e suas capitais. Hoje tem 27 dos 31 governadores. O PRI se classifica como um partido nacionalista, mas sem exclusivismos ou chauvinismos. Passa por uma reformulação ideológica para ``reaproximar-se de suas bases" e vencer as eleições presidenciais do ano 2000. O PAN nasceu em 1944 baseado na teoria social cristã. Seus dirigentes são, na maioria, líderes do setor produtivo privado mexicano. O partido possui fortes laços com a Igreja, sobretudo em seus setores mais conservadores. Seus dirigentes são conhecidos pelo tom moralista de seu discurso. O PAN rechaça as críticas de elitista e neoliberal. Se classifica como um partido democrático, "ao contrário do PRI e do PRD", diz Carlos Castillo Perazza, presidente do partido. Atualmente, o PAN é o segundo maior partido e apresenta crescimento. O partido tem 103 dos 500 deputados federais e 23 dos 124 senadores, além de quatro governadores. Em 89, uma dissidência do PRI, liderada por Cuatemoc Cárdenas, filho do ex-presidente Lázaro Cárdenas, origina o PRD (Partido de Revolução Democrática). No mesmo ano, Cárdenas concorre com Carlos Salinas à Presidência. Segundo analistas, teria vencido, não fossem as fraudes. O PRD se diz um partido em prol do Estado de Direito, da justiça social e da soberania nacional. Os constantes conflitos com o PRI no governo Salinas (1989-94) e acirradas disputas internas enfraqueceram bastante sua imagem. O PRD possui 71 dos 500 deputados federais e oito dos 124 senadores. Não possui nenhum governador de Estado ou prefeito de capital. (FC) Texto Anterior: Líder do PRI culpa mídia por desgaste do partido Próximo Texto: Piloto dos EUA foi salvo apesar de seus erros Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |