São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 1995
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Sete inquéritos apuram possíveis ilegalidades

DA REPORTAGEM LOCAL

Sete inquéritos foram abertos pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal para apurar responsabilidades e determinar, se for o caso, a punição de culpados por empréstimos presumivelmente danosos ao Banespa e ao
Estado.
Os empréstimos em questão foram feitos pelo Banespa ao governo do Estado e à empresas privadas durante a gestão do governador Orestes Quércia (1987-91).
O MPE (Ministério Público Estadual) instaurou três inquéritos com o objetivo de determinar o ressarcimento de eventuais prejuízos aos cofres públicos. O primeiro, instaurado em janeiro último, tem o propósito de investigar todos os empréstimos concedidos pelo Banespa que podem ter sido ilegais. A documentação levantada subsidia investigações específicas.
O segundo, instaurado em março de 1995, investiga a concessão de um empréstimo de US$ 64 milhões do banco à Cooperativa Agrícola de Cotia, e de outro, no valor de US$ 40 milhões, à empresa Paraquímica.
Nenhum dos dois empréstimos foi pago e as empresas teriam oferecido garantias insuficientes para a quitação da dívida.
O terceiro inquérito foi instaurado na última segunda-feira, para investigar quatro empréstimos concedidos ao governo do Estado na forma de antecipação de receita orçamentária.
O MPF investiga, por enquanto, apenas os empréstimos concedidos pelo Banespa ao Estado por intermédio das operações de antecipação orçamentária.
São quatro inquéritos (um para cada operação) fundamentados em representações (documentos) enviadas pelos interventores do Banco Central no Banespa ao Ministério Público Federal. A documentação aponta indícios de ilegalidade em 25 empréstimos concedidos pelo banco.

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