São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 1995
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Destilaria no Maranhão será inspecionada

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO LUÍS

A Delegacia Regional do Trabalho (DRT) do Maranhão vai fazer nos próximos dias uma inspeção na Destilaria Caiman S/A, em Porto Franco (a 728 km de São Luís). Segundo a DRT, a empresa é reincidente em irregularidades cometidas contra os cortadores de cana.
Na última inspeção, em outubro de 1994, a empresa foi autuada e multada, sob a acusação de manter cerca de 300 trabalhadores sem carteira assinada e sem alojamento apropriado. Ela também foi multada por utilizar mão-de-obra infantil em larga escala.
Em reportagem publicada anteontem, a Folha mostrou que a empresa é acusada de aliciar trabalhadores em cidades distantes de Porto Franco e em outros Estados com a promessa de adiantamento de R$ 100, mais refeições, assistência médica e alojamento.
O diretor-presidente da Caiman, Antônio Celso Izar, afirmou que as inspeções anteriores da DRT são ``página virada" e que a situação ``foi corrigida".
Na semana passada, Izar afirmou à Agência Folha que a empresa não contrata mais menores de 16 anos e que nesta safra todos os trabalhadores terão suas carteiras assinadas.
Sobre a acusação de aliciamento de canavieiros com a promessa de adiantamento de R$ 100,00, ele disse que ``pode ter havido erro" do empreiteiro de mão-de-obra da destilaria. Segundo ele, a empresa não autorizou essa promessa de adiantamento.
A delegada regional do Trabalho, Diortina Utta Ramos, afirmou que a decisão sobre a abertura de inquérito para apurar a acusação de aliciamento dos trabalhadores cabe ao Ministério Público e à Polícia Federal.

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