São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 1995 |
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Silva se reúne com jogadores para `dar uma balançada' no Palmeiras
MÁRIO MOREIRA
Ontem de manhã, antes do treino, ele se reuniu durante uma hora e 45 minutos com os jogadores no vestiário do centro de treinamento da Barra Funda (zona oeste paulistana). ``A conversa foi para acertar as coisas que não estão bem. Estamos na reta final do Paulista e é hora do tudo ou nada", afirmou. Questionado se as ``coisas que não estão bem" significam, na verdade, o baixo rendimento do ataque, que não marcou nos últimos dois jogos, ele respondeu que ``não só isso". ``Para que o gol saia, é preciso uma participação maior de toda a equipe. Deixamos a vitória escapar em Mogi Mirim e em Ribeirão Preto, contra o São Paulo. Agora, isso não pode mais acontecer." O Palmeiras precisa derrotar o São Paulo no próximo domingo, em Ribeirão, se quiser depender só de si para passar à final do Paulista como vencedor do Grupo 1. Se empatar com o São Paulo e o Mogi Mirim derrotar o Guarani, a vaga fica com o Mogi. Mesmo que vencesse o Mogi Mirim na última rodada, igualando-se em dez pontos ao time do interior, o Palmeiras seria eliminado por ter menos vitórias em todo o campeonato. Ontem os atacantes se queixaram de isolamento na última partida, contra o Guarani, e de uma obrigação excessiva de marcar. ``Sentimos falta de apoio do meio-campo", disse Muller. ``O Amaral e o Mancuso ficaram muito atrás", afirmou Edílson, referindo-se aos meias defensivos. O treinador concordou com essa avaliação. ``Os atacantes ficaram isolados porque a defesa avançou pouco. Com isso, houve distanciamento entre a defesa, o meio-campo e o ataque." ``Esses detalhes é que nós vamos acertar para chegar à frente com mais gente e fazer os gols." O estado de espírito do time também foi abordado na reunião. ``Precisamos ter uma motivação adicional agora", afirmou Silva. Para Edílson, a falta de gols tem uma componente psicológica. ``Queiramos ou não, a necessidade de marcar se reflete no time. Começa como ansiedade e acaba virando um pouco de desespero." ``A ansiedade é normal. Também estou ansioso, mas chegou a hora de decidir", disse o técnico. Texto Anterior: Jogadores trocam acusações Próximo Texto: Zagallo continua mal acompanhado Índice |
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