São Paulo, quinta-feira, 13 de julho de 1995
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`Efeito tequila' é apenas ressaca em Cancún

ANA VINHAS
ENVIADA ESPECIAL A CANCÚN

Para os economistas, a expressão ``efeito tequila" qualifica a crise na qual o México está mergulhado. Já para os turistas em Cancún, o ``efeito" é apenas o resultado de uma noitada regada a muitas margaritas, coquetel feito com a tradicional bebida do país.
A desvalorização da moeda mexicana parece não ter abalado o balneário, que foi projetado há exatamente 25 anos para aproveitar o potencial turístico da região.
Com cada dólar valendo um pouco mais de seis pesos, a temporada de verão (de 21 de junho a 21 de setembro) começou quente, com hotéis cinco estrelas lotados, principalmente de estudantes norte-americanos em férias.
Localizada na península de Yucatán, sudeste do México, Cancún está num ponto estratégico.
A região concentra a maior parte das ruínas deixadas pela civilização maia. Tem temperatura média de 27 graus Celsius durante todo o ano. E é banhada pelo mar azul do Caribe, de tirar o fôlego.
A ilha, que tem 23 km de extensão em forma de ``7" e antes abrigava uma aldeia de pescadores, reúne toda a agitação de Cancún. Mais de 70 hotéis forram a sua orla, fora os shoppings , restaurantes e casas noturnas.
Mas o seu maior charme está em conciliar o turismo cinco estrelas dos hotéis de luxo à preservação de sítios arqueológicos e reservas ecológicas.
Com mais de 350 espécies da fauna marinha e a segunda maior barreira de corais do mundo (a primeira fica na Austrália), Cancún virou a meca dos mergulhadores.
As reservas florestais do Estado de Quintana Roo, onde fica o balneário, preservam 600 espécies de aves, répteis e mamíferos.
Nos arredores são muitas as opções de passeios.
Dá para passar no mínimo um dia mergulhando, por exemplo, em Isla Mujeres ou Cozumel.
E outro visitando as ruínas de Tulum, Chichén Itzá ou Cobá para mergulhar na história dos maias.
Ou, se preferir, caminhando pelos parques e reservas como a de Xcaret, que oferece a oportunidade de nadar na tranquilizadora companhia de golfinhos.

Câmbio
Em tempos de crise, a dica para ``esticar" o dinheiro no México é pagar tudo em pesos mexicanos. Apesar de todos os lugares aceitarem pagamento em dólar, o ideal é trocar a moeda norte-americana nos bancos ou casas de câmbio dos hotéis.
Para completar, os mexicanos da região guardam a alegria dos antepassados. São muito simpáticos, bem-humorados e adoram dizer ``hola!" (olá) a toda hora.
E as noites são embaladas por tequila, cerveja, rock, reggae e ritmos latinos nas casas noturnas, que costumam ``ferver" até o amanhecer do dia seguinte.

LEIA MAIS
Sobre Cancún nas págs. 6-14 e 6-15

A jornalista ANA VINHAS viajou a Cancún a convite do hotel Caesar Park Resort & Golf

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