São Paulo, sexta-feira, 14 de julho de 1995 |
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Distorções foram retiradas em tempo real
LUÍS ANTÔNIO GIRON
O engenheiro de gravação Ricardo Carvalheira, da Cia. de Áudio, de São Paulo, coordenou o trabalho. Ele explica que o Cedar retira ruídos e anomalias em tempo real. ``O disco de 78 rpm tocava ao mesmo tempo que os processadores de som iam eliminando os problemas", descreve. Distorção foi o principal deles. Fungos entranhados nos sulcos dos discos impedem que a agulha os trilhe com linearidade. Isso altera a altura e a definição sonoras. As ``pipocas" e o chiado também representaram problemas na restauração. A voz se funde a esses ruído nas frequências agudas. ``O processo permite que voz e ruídos sejam separados e estes extraídos sem malefício para aquela", explica o engenheiro. Ele diz que, até o Cedar, a única forma de separar ruído de voz era reequalizar a gravação: ``O processo comprometia parte do timbre original. As gravações da Revivendo, por exemplo, alteraram totalmente a voz de Orlando". Para ele, equalizar significa obliterar o original. ``Fomos proibidos de fazê-lo com Orlando". Entre os processos de conspurcação de originais, cita a reambientação. Consiste em criar novos ambientes sonoros com simulação de reverberação de ondas. ``Ecos e outros efeitos podem ser introduzidos com perda da informação sonora original", diz. (LAG) Caixa: O Cantor das Multidões Cantor: Orlando Silva Lançamento: BMG Ariola Preço: R$ 75 (três CDs) Texto Anterior: Caixa limpa Orlando Silva de anomalias Próximo Texto: Cartaz da instalação ``Anos Luz", de Marcelo Dantas Índice |
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