São Paulo, sábado, 15 de julho de 1995
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Persistência é dom do iluminado

PAULO COELHO
COLUNISTA DA FOLHA

Um homem larga a vida mundana e se transforma em ermitão. Longe do centro das decisões políticas da época, passa anos de sua vida tentando preparar o caminho para o Messias. Define-se como "a voz que clama no deserto".
Num primeiro momento, podemos pensar que tal homem -João Batista- não exerceria qualquer influência em sua época. Mas a história nos mostra o contrário: sua presença foi fundamental na vida de Jesus.
Quantas vezes nos sentimos como vozes que clamam no deserto? Nossas palavras parecem se perder no vento, nossos gestos aparentemente não despertam qualquer reação.
João persistiu; cabe a nós fazer o mesmo. As vozes que clamam no deserto são as que escrevem a história do seu tempo.

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