São Paulo, domingo, 16 de julho de 1995 |
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Município vive clima de abandono
ADELSON BARBOSA
A delegacia, que funciona ao lado da prefeitura, também vive fechada. O delegado só aparece aos sábados, segundo os vizinhos. As 14 escolas da zona rural estão fechadas. Em algumas, o mato já invadiu as salas de aula. A única escola municipal que funciona fica na zona urbana. A creche também está fechada. No cemitério, os túmulos estão cobertos pelo mato. Djaci Alves, 56, conhecido por ``Burrego", é coveiro há 25 anos. Com sete filhos para alimentar, Alves se socorre numa roça de feijão e milho. ``Não lembro nem quando recebi pela última vez", disse. Alves só vai ao cemitério quando morre alguém na cidade. Ele cobra R$ 50 para fazer o sepultamento de um morto. Mas, ultimamente, Alves não tem conseguido. As pessoas que morreram são mais pobres que ele e os parentes não tinham dinheiro. (AD) Texto Anterior: Prefeito não paga funcionários há 14 meses Próximo Texto: São José ganha pistas para surfe de areia Índice |
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