São Paulo, sábado, 22 de julho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Serra anuncia R$ 1,7 bi para obras sociais

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro José Serra (Planejamento) anunciou ontem investimentos em moradia e saneamento da ordem de R$ 1,74 bilhão neste ano. Os recursos utilizados virão do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Serra disse que as prioridades serão definidas por intermédio de conselhos estaduais e não mais pelo governo para evitar ``problemas de clientelismo comuns no passado, inclusive no passado recente".
Serão gastos em moradia R$ 1,36 bilhão em dois programas e, em saneamento, R$ 389 milhões. O Pró-Moradia terá recursos de R$ 643 milhões neste ano e irá beneficiar 150 mil pessoas, disse Serra. O financiamento para construção de casas, reformas e ampliações será terá o limite de R$ 6,5 mil.
São Paulo terá 34,6% das verbas do programa, ou R$ 222,92 milhões. O Estado também será o primeiro a instalar, na próxima segunda-feira, o conselho para definir a destinação das verbas.
O outro programa de moradia é o Carta de Crédito, que ainda não foi aprovado pelo Conselho Curador do FGTS. Serão destinados a ele neste ano até R$ 717 milhões.
Pessoas com rendimento de até 12 salários mínimos (R$ 1.200) poderão pedir empréstimos de até R$ 26 mil para aquisição de casas novas ou usadas, construção e quitação de dívidas em compra de terrenos avaliados em até R$ 32 mil.
A taxa de juros sobre o empréstimo irá variar entre 2% e 9% ao ano. O ministro estimou que o programa atenderá entre 60 mil e 100 mil pessoas neste ano.
Será dada prioridade a pessoas que tenham conta no FGTS. O dinheiro do fundo também poderá ser usado para abater a dívida.
Segundo o ministro, o programa deverá ser oficialmente aprovado em reunião do Conselho Curador do FGTS, no início de agosto.
A liberação dos financiamentos será feita de forma individual. Os interessados deverão procurar os bancos e agentes financeiros.
O Pró-Saneamento terá recursos de R$ 389 milhões neste ano. Serra disse que o programa irá beneficiar 450 mil pessoas.
São Paulo receberá a maior parte dos recursos do programa: 20%, ou R$ 78,32 milhões.
Serra afirmou que será agilizado outro programa de saneamento já existente, o Proserg (Programa de Ação Social e Saneamento).
A intenção do governo, segundo ele, é usar em saneamento toda a verba do programa, aprovado em 1991, que não havia sido utilizada (cerca de US$ 228 milhões).

Texto Anterior: Sarney ataca taxa de juro 'astronômica'
Próximo Texto: Ramais da Rede serão arrendados
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.