São Paulo, sábado, 22 de julho de 1995
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Governador defende "acordo de cavalheiros" para atrair capitais

DA SUCURSAL DO RIO

O governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), afirmou ontem que defende um ``acordo de cavalheiros" entre os governadores dos Estados brasileiros mais desenvolvidos. Ele citou São Paulo, Rio, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul.
``Não existe guerra fiscal, ainda", afirmou Azeredo durante visita à Associação Comercial do Rio. Para ele, a ``guerra fiscal" acontecerá se não houver a padronização das políticas estaduais de atração de capital.
O governador disse que têm ocorrido ``alguns exageros no incentivo de atrações de empresas" por parte dos governos estaduais.
Segundo Azeredo, se esses exageros não forem controlados por intermédio de ``alguma acomodação" ou de ``um acordo de cavalheiros", o país correrá o perigo de ver seus principais Estados envolvidos em ``uma guerra fiscal".
Preocupado em não atiçar os desentendimentos causados pelas estratégias de benefícios fiscais oferecidas pelos Estados ao empresariado, Azeredo disse que, ao falar de exageros, não se referia ao procedimento do governador do Rio, Marcello Alencar (PSDB).
Atraída em parte por incentivos fiscais, a Volkswagen anunciou a construção de uma fábrica de caminhões em Resende (RJ).
``Não é possível que uma empresa do porte da Volks tenha se decidido apenas por questões fiscais. Os incentivos do Rio foram fartos. Não chego a dizer exagerados", afirmou o governador.
Para Azeredo, uma estratégia apropriada é a do governo mineiro. ``A política é com base em fundos de financiamento de capital de giro. Este é um bom caminho."

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