São Paulo, sábado, 22 de julho de 1995 |
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'Só vi um muro caindo na gente'
BETINA BERNARDES
Júlio do Carmo estava em um caminhão Fiat com o irmão, Carlos Aparecido do Carmo, 18, e um vizinho, Márcio, de 15 anos. Eles levavam um carregamento de pedras para São Bernardo do Campo. ``Meu irmão estava dirigindo, meu colega estava no meio e eu, na ponta", disse Júlio. ``O caminhão estava andando e, de repente, só vi um muro caindo na gente". Júlio conta que após a queda do muro não viu mais nada. ``Senti que me tiraram do caminhão, mas não sei o que aconteceu com meu irmão e com o Márcio." O pai de Júlio, o motorista de caminhão Aparecido do Carmo, foi informado no 17º Distrito Policial que seu outro filho, Carlos, e o amigo dele de 15 anos estavam mortos. Aparecido entrou em choque. Só gritava e chorava de desespero. ``Por que eu fui comprar aquele caminhão?", repetia. O outro ferido, José Pereira, contou que estava parando no semáforo quando o muro caiu. ``Meu primo estava dirigindo e não sei o que aconteceu com ele", disse. ``Só acordei no hospital e lembro apenas das pedras caindo." Texto Anterior: 'O Chevette não existia mais' Próximo Texto: Chuva de granizo deixa SP com 1,5 m de gelo Índice |
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