São Paulo, sábado, 22 de julho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Festival mineiro grava Padre Mauricio

IRINEU FRANCO PERPÉTUO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Erramos: 23/08/95
Diferentemente do que foi publicado à pág. 5-5 ( Ilustrada) de 22/7, o flautista Ricardo Kanji é brasileiro.
O 6º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, de Juiz de Fora (MG), está gravando um CD com obras inéditas do Padre José Maurício. O disco inclui ainda peças de Francisco Gomes da Rocha e Ignácio Parreiras Neves.
O padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), dirigiu todas as atividades da corte portuguesa no Brasil de 1808 a 1811. Conhecedor da obra de Haydn, Mozart e Beethoven, foi, na opinião de Mário de Andrade, "o maior artista de nossa música religiosa".
Mulato, teve em sua biografia episódios de perseguição que teria sofrido do compositor português Marcos Portugal, que o hostilizava abertamente e teria sido o responsável por seu afastamento das atividades musicais da corte.
O festival de Juiz de Fora começou na última segunda e vai até dia 30. O evento inclui concertos, cursos de instrumentos de época e modernos, conferências e oficinas de restauração.
A principal atração é o violonista mineiro Luís Otávio Santos. Membro do conceituado grupo holandês de música de época "La Petite Bande" que se apresentou em São Paulo no ano passado, Santos dá oficina de violino barroco, além de se apresentar com o flautista holandês Ricardo Kanji no domingo, 23, às 20h, no museu Mariano Procópio.
As gravações acontecem no Seminário da Floresta. A interpretação é dos corais Ars Nova, Orquestra Pró-Música e Orquestra do Festival. Os regentes são Sérgio Dias, Carlos Alberto Pinto da Fonseca e Nélson Nilo Hack.
No programa, as obras "Judas Mercator Pessimus" e "Matinas da Conceição" -esta última, inédita-, do padre José Maurício Nunes Garcia, "Spiritus Domini", de Francisco Gomes da Rocha, e "Credo" e "Salve Regina" (também inédita) de Ignácio Parreiras Neves.
"Optamos por um CD que desse um apanhado da produção colonial brasileira", explica o compositor Harry Crowl, consultor artístico do festival. Os CDs são distribuídos entre escolas e patrocinadores. Neste ano está previsto lançamento comercial no Brasil e no exterior.

Texto Anterior: Bomba! Prefiro ser hippie a ser hype!
Próximo Texto: Polonês revela coleção latina
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.