São Paulo, domingo, 23 de julho de 1995 |
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Religiões dividem assistência
FERNANDA DA ESCÓSSIA
``Não é a intenção da maioria, mas só se eu fosse ingênuo não reconheceria que isso acontece. Mas se o detento muda de comportamento graças à religião, ótimo", diz o presidente da AEVB (Associação Evangélica Brasileira), pastor Caio Fábio. Só há três anos a AEVB intensificou a assistência penal nos presídios fluminenses, mas já credenciou mais cem grupos de evangélicos. Entre os credenciados está inclusive a Igreja Universal do Reino de Deus, que é considerada pela AEVB como um sincretismo evangélico e não como um grupo religioso. ``Credenciamos todos os grupos evangélicos, desde que eles cumpram os princípios de não pregar animosidade com outras igrejas, repudiar o crime e ajudar o detento mesmo fora do presídio", diz Caio Fábio. A Igreja Católica tem a Pastoral Penal, que trabalha desde 68 nos presídios e envolve hoje um grupo de aproximadamente 50 pessoas. O coordenador da Pastoral, padre Bruno Trombeta, não gosta de falar de ``conversões". ``Não anuncio quantas conversões fiz, porque acho que isso é uma coisa interior. Sei que muitos detentos procuram a religião para obter benefícios. Os católicos também não têm alas separadas nem ficam andando com a Bíblia", diz o padre. (FE) Texto Anterior: Evangelização transforma presos famosos Próximo Texto: Venda de armas legais no Brasil sofre queda de 50% em dez anos Índice |
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