São Paulo, domingo, 23 de julho de 1995 |
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Mediador ajuda na negociação em fábricas
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Já em 89, durante greve com ocupação de fábrica da empresa do setor plástico Brakofix, do ABCD paulista, o então prefeito de São Bernardo do Campo, Maurício Soares de Almeida, foi chamado como mediador, lembra o presidente do Instituto Nacional de Mediação e Arbitragem (Inama), Edmir de Freitas Garcêz. ``Ele conversou com as partes e foi encontrada uma solução." Exemplo mais recente, de abril deste ano, é da empresa Embramede, do setor químico e plástico em São Paulo. Segundo Garcêz, no acordo fechado entre trabalhadores e empresa ficou estabelecido que caso alguma cláusula seja descumprida, as partes se comprometem a não recorrer à Justiça e buscar a mediação do Inama. No entender de Garcêz, a mediação não deve, no entanto, ser uma fase obrigatória das negociações salariais. ``É preciso acabar com a tutela do Estado", afirma. A CUT e a Força Sindical concordam mas reconhecem que o mediador independente pode ajudar a resolver conflitos. ``Nós já usamos esse recurso", conta Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e diretor da Força Sindical. O presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, chega a citar alguns nomes que, no seu entender, seriam bons mediadores: o secretário de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, Emerson Kapaz, o presidente do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e o cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns. Paulinho e Vicentinho consideram que, se não houver acordo sobre o nome do mediador, o melhor é esquecer a questão e buscar a Justiça do Trabalho. (CPL) Texto Anterior: Cresce procura por mediação Próximo Texto: Um passo acertado Índice |
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