São Paulo, quarta-feira, 26 de julho de 1995
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Maciel diz que proposta de fundir impostos pode mudar

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM OLINDA

O vice-presidente Marco Maciel disse ontem que a proposta do governo de criação de um imposto sobre o consumo pela fusão do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) pode mudar.
``O que está se fazendo é a abertura de um amplo debate para que se chegue à melhor fórmula para o país", afirmou Maciel em Olinda (PE). A seguir, os principais trechos da entrevista.

Agência Folha - A proposta do novo imposto não vai gerar reação dos governadores?
Marco Maciel - O procedimento que vamos adotar é aquele mesmo que adotamos para a reforma na área econômica. Ou seja: nada será feito sem um prévio debate. O presidente tem feito questão de, antes de encaminhar as emendas, discuti-las adequadamente e ouvir os governadores.
Agência Folha - Quer dizer que a proposta desse imposto pode mudar?
Maciel - Evidente. O que está se fazendo é a abertura de um amplo debate para que se chegue à melhor fórmula para o país.
Agência Folha - Além do imposto sobre consumo, qual outra proposta para a reforma tributária o governo vai apresentar?
Maciel - O princípio básico do governo é racionalizar, é desonerar impostos sobre a produção para que nós possamos dar mais competitividade para nossas exportações e, se possível, em algumas áreas, até retirar os chamados impostos para exportação.
Agência Folha - E a redução das taxas de juros?
Maciel - Não adianta querer resolver o problema tocando nos efeitos. Nós temos que ir às causas. Para a gente baixar as taxas de juros é fundamental fazer as reformas patrimoniais.
Não adiantaria tentar fazer uma queda artificial, que não se sustentasse. As taxas vão cair na proporção em que essas reformas forem sendo feitas.

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