São Paulo, quarta-feira, 26 de julho de 1995 |
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Quércia quer Jáder candidato à presidência
CARLOS EDUARDO ALVES
A direção do PMDB será renovada em setembro. Quércia sabe que a candidatura de Jáder nasceu no gabinete do senador José Sarney (AP), mas considera a opção pelo senador paraense a melhor solução para seus planos. No raciocínio de Quércia, Jáder pode, se ficar com a presidência peemedebista, até consolidar a candidatura presidencial de Sarney em 98, mas não criará obstáculos para a manutenção da hegemonia quercista no PMDB paulista. O plano de Quércia para a eleição de 98, pelo menos por enquanto, é uma candidatura ao governo de São Paulo. Jáder é amigo do ex-governador e tem feito a ``ponte" entre ele e Sarney. O presidente do Congresso não perdoou até hoje a candidatura presidencial de Quércia em 94. Sarney acha que tinha cacife eleitoral maior do que o de Quércia para representar o PMDB. Jáder tem aparado as arestas entre os dois líderes peemedebistas. Sua candidatura pode até abrir caminho para um sonho antigo de Quércia: ficar livre da ala gaúcha da legenda, que historicamente hostiliza o ex-governador paulista. A eleição de Jáder pode ser o pretexto que falta para os principais líderes do PMDB do Rio Grande do Sul irem para o PSDB. A engenharia política da candidatura Jáder tem nesse ponto a dificuldade de unir Sarney e Quércia. O ex-presidente teme que a saída dos gaúchos provoque a saída de outros políticos, o que tornaria Jáder uma espécie de gestor de uma massa falida. Nas conversas com o senador paraense, ficou combinado que o anúncio formal do aval de Quércia à candidatura de Jáder seria prejudicial, pelo menos no momento, por potencialmente ter o poder de aglutinar os antiquercistas. Texto Anterior: 'Tortura Nunca Mais' critica a Rede Globo Próximo Texto: Covas continua acamado e assessor diz que governador está `tristinho' Índice |
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