São Paulo, quarta-feira, 26 de julho de 1995
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Programa quer atrair doadores com HIV

DA REPORTAGEM LOCAL

O programa de imunoterapia passiva dará preferência inicialmente a doentes de Aids da Grande São Paulo. Os pacientes podem ser encaminhados pelos serviços dos hospitais ou por seus médicos.
``O programa é uma terapêutica coadjuvante. Não cura a Aids nem substitui os tratamentos convencionais", afirma Dalton Chamone.
A imunoterapia não é recomendada para todos os pacientes. Em doentes com menos de 50 linfócitos de defesa (CD-4) por milímetro cúbico de sangue, a terapia não faria mais efeito.
O número de CD-4 indica o nível de defesa do organismo. Uma pessoa sadia tem em entre 600 e 800 linfócitos de defesa por milímetro cúbico de sangue.
Os doadores devem ser portadores do HIV com uma contagem de CD-4 acima de 400. Não podem ter sífilis, hepatite B e C, Chagas ou o vírus HTLV-l.
Alfredo Mendrone Júnior, médico do programa, diz que boa parte dos doadores deve vir do próprio hemocentro. Entre os 20 mil doadores que procuram a fundação por mês, 0,3% são identificados como portadores do HIV.
São 60 bolsas de sangue que eram incineradas por mês e agora terão o plasma aproveitado. A fundação está convidando esses e outros portadores a se inscreverem como doadores regulares. 40 pessoas já se apresentaram para doar e 80, para receber. ``O programa terá baixo custo e grande retorno", diz Chamone.

Informações na Fundação Pró-Sangue pelo tel. (011) 851-5544, ramais 305 e 31

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