São Paulo, quarta-feira, 26 de julho de 1995 |
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Financiamento para usados deve voltar
GRAZIELE DO VAL
Qualquer trabalhador com saldo de FGTS terá acesso à verba, desde que não possua imóvel próprio. ``O interessado receberá uma carta de crédito e poderá escolher o imóvel que desejar. Basta que tenha conta de FGTS e condições de assumir a dívida", diz Valter Hiebert, diretor de fundos da CEF. Só poderão ser financiados imóveis avaliados em até R$ 35 mil. O mesmo vale para quem quiser adquirir um terreno ou construir. ``Esse sistema dá ao mutuário autonomia muito maior para negociar a compra de seu imóvel", afirma José Olívio, representante da CUT no Conselho Curador. Segundo Olívio, a carta de crédito será semelhante à existente hoje nos consórcios. "Trata-se de uma alternativa mais viável de financiamento, porque os recursos servirão para gerar empregos e não para ajudar as empreiteiras a vnder imóveis. Esse tipo delinha de crédito é utilizado em vários países", diz ele. O programa, denominado "Financiamento Individual à Moradia", vai contemplar quem ganha por mês até R$ i.200,00. Financiamentos A volta da CEF ao financiamento de usados deve ter um impacto positivo sobre o setor. Hoje, as alternativas no sistema bancário são bastante restritas. O Bradesco suspendeu os empréstimos pela carteira hipotecária em abril, mas deve retomar as atividades aina este ano. O Banco de Boston pretende criar, até o final do ano, uma linha de empréstimos para imóveis acima de R$ 50 mil. Segundo Fábio Nogueira, diretor de crédito imobiliário e poupança do banco, parte da verba a ser repassada virá de captação de cadernetas de poupança e, outra parcela, de recursos externos. O Itaú financia 50% do valor do imóvel usado pelo SFH. Pela carteira hipotecária, o percentual do empréstimo é de 65%. Texto Anterior: Banco Central eleva a cotação do dólar Próximo Texto: Venda de usados cresce 40% Índice |
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