São Paulo, quarta-feira, 26 de julho de 1995
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Dirigentes agem para diminuir a velocidade

MAURO TAGLIAFERRI
DO ENVIADO A BROOKLYN (EUA)

Na tentativa de aumentar a segurança dos pilotos, a IndyCar determinou uma redução na pressão máxima do turbo dos carros que participarão das 500 Milhas de Michigan (EUA) no domingo.
Em vez das 45 polegadas de mercúrio regulares, a pressão será de 40 polegadas de mercúrio.
``Os motores devem perder cerca de 80 cavalos de potência", disse Raul Boesel.
A medida visa a tornar os carros menos velozes. ``Vai ter muita gente experimentando uma asa menor que a usada em Indianápolis, para compensar a perda de potência", afirmou Boesel.
As asas de um carro de corrida devem fazer com que passe mais ar por cima do que por baixo dele. Cria-se uma zona de baixa pressão embaixo do veículo. A pressão maior está acima dele e, agindo verticalmente, gruda-o ao solo.
Nessa operação, porém, há um efeito colateral: a asa é um elemento de resistência ao ar. Por isso, quando se precisa de mais velocidade, faz-se com que as asas ofereçam menos resistência ao ar.
Trata-se de uma equação: ganha-se velocidade, por um lado, e perde-se aderência, por outro.
Boesel acredita que o fato de a pista ter sido recapeada também afetará o acerto dos carros.
``Antes, ela era muito ondulada. O carro tinha de ficar mais alto em relação ao chão e com a suspensão mais mole. Agora, a pista ficou lisa", comentou.
``Com a pista menos ondulada -mais fácil de dirigir- e com os motores menos potentes, acho que os carros vão andar mais juntos. Isso aumenta a probabilidade de acidentes", polemiza.
(MT)

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