São Paulo, quarta-feira, 26 de julho de 1995
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Antonio Cicero autografa `O Mundo Desde o Fim' hoje em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Livro: O Mundo Desde o Fim
Autor: Antonio Cicero
Páginas: 212
Preço: R$ 19,50
Lançamento: hoje, a partir das 18h
Onde: Livraria Cultura (av. Paulista, 2073, loja 153, tel. 011/285-4033, região central de São Paulo)

Será lançado hoje, a partir das 18h, na Livraria Cultura, o novo livro do filósofo, compositor e poeta Antonio Cicero, ``O Mundo Desde o Fim", publicado pela editora Francisco Alves.
O livro é uma reflexão sobre a modernidade. ``Existe uma concepção moderna do mundo? Foi dessa pergunta que parti", diz Cicero. ``À primeira vista, existem diversas concepções modernas do mundo, mas a minha conclusão é que é possível encontrar um conceito rigoroso de modernidade."
Para Cicero, esse conceito vem do ``reconhecimento do agora como essência do mundo". Ser moderno, segundo ele, é admitir a transitoriedade das coisas e o subjetivismo das interpretações.
``Os fundamentos das concepções do mundo anteriores à modernidade eram coisas exteriores e positivas, como nação, Deus etc", diz. ``A descoberta da modernidade é a consciência do fundamento subjetivo e negativo do mundo."
Assim, diz Cicero, não há lugar para ``utopias positivas" na modernidade. ``O único projeto coletivo que se pode ter é garantir a todos condições materiais mínimas para a fruição das liberdades individuais, das utopias subjetivas, características da modernidade."
Cicero considera que sua opinião de que há um fundamento absoluto na modernidade é um paradoxo, mas que o problema da filosofia contemporânea é que ``ela não leva a sério os paradoxos".
Letrista, irmão da cantora Marina, e autor dos poemas de ``O Último Romântico" e ``Inverno", Cicero acha que a discussão sobre a modernidade proposta no livro permite rediscutir o relativismo do pensamento contemporâneo.
``O relativismo é uma manifestação da modernidade que, porém, esquece o fundamento sobre o qual ele é possível: o reconhecimento do agora como absoluto."

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