São Paulo, sábado, 29 de julho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Delegado pede exames a hospital

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

O delegado Osmar Ribeiro Santos, do DHPP, afirmou que requisitou judicialmente o prontuário médico do advogado José Francisco da Silva no Hospital Oswaldo Cruz.
Segundo o delegado, a prontuário poderia provar se algum exame constatou câncer no esôfago ou na garganta de Silva.
A.F.T. disse no depoimento que cometeu o crime para aliviar o pai da doença, que provocava azia, falta de ar e tosse. Nenhum dos médicos consultados por Silva diagnosticou câncer.
O delegado também aguarda a conclusão dos laudos do IML (Instituto Médico Legal) para saber se Silva estava doente.
O advogado José Carlos Dias, 56, afirmou ontem que em momento algum A.F.T. disse que o pai tinha câncer.
``O que importa, em relação ao motivo da ação, é que o advogado desconfiava dos diagnósticos e achava ter câncer."

Armas
Nenhuma das duas armas do advogado José Francisco da Silva, uma pistola calibre 7,65 mm e um revólver calibre 32, tinham registro na polícia.
No depoimento à polícia, A.F.T. disse que usou o revólver calibre 32 porque não sabia como destravar a pistola -a trava impede tiros acidentais.
No tambor do revólver (onde ficam as balas antes de serem disparadas) foram achadas três cápsulas deflagradas.
Mas Silva levou quatro tiros -um nas costas, de cima para baixo, um no ouvido esquerdo, também de cima para baixo, um no braço e outro no ombro.
O diâmetro das balas do 32 e do 7,65 mm são iguais. A perícia encontrou um projétil dentro do corpo do advogado.
Ele será confrontado com projéteis disparados por essas armas para saber qual delas foi usada no crime.
(MG)

Texto Anterior: Amigo não crê que filho tenha matado pai
Próximo Texto: Polícia não analisa fita sobre Vigário Geral
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.