São Paulo, sábado, 29 de julho de 1995
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Discriminação pode ser positiva

BETINA BERNARDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A ``discriminação positiva" em favor da mulher foi o tema mais discutido na primeira parte dos debates realizados ontem à tarde na 5ª Reunião da Comissão Especial da Mulher do Parlatino.
A ``discriminação positiva" refere-se à criação de mecanismos para o acesso da mulher à política.
A mesa-redonda, formada por mulheres parlamentares da Costa Rica, Argentina, Venezuela, Colômbia e Brasil, abordou as legislações sobre a mulher na América Latina e Caribe.
``A lei de cotas é uma medida aberta de discriminação positiva e altamente legítima", disse a deputada argentina Cristina Zuccardi.
Na Argentina, os partidos são obrigados a ter um mínimo de 30% de mulheres em cargos eletivos. Quando um partido renova a bancada, se tiver direito a nove parlamentares, três devem ser mulheres.
Em 1983, quando foi aprovada essa lei, a proporção de mulheres na Câmara dos Deputados era de 4%. Com as últimas eleições, as deputadas representarão 24% da Câmara na Argentina.
A deputada Marta Suplicy (PT-SP) diz que a dívida da sociedade em relação às mulheres não vai ser saldada se não existirem ``ações afirmativas" do governo.

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