São Paulo, sábado, 29 de julho de 1995
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Amigo não crê em culpa de A.F.T

DA REPORTAGEM LOCAL

O estudante Ricardo Cardoso, 22, disse que não acredita que A.F.T. tenha matado o pai, o advogado José Francisco da Silva.
Cardoso é amigo de A.F.T. e depôs ontem no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Até o rapaz confessar o assassinato, anteontem, a família dizia ter havido um suicídio.
Na noite do crime, no último sábado, Cardoso foi ao apartamento do amigo. Ao chegar, viu a avó de A.F.T., Bernardina de Jesus Rocha, 84, o amigo e os bombeiros de uma unidade de resgate.
Ele disse que não viu a mãe de A.F.T., Lúcia Rocha da Silva, 58, no apartamento. ``O corpo estava perto da porta do banheiro", disse.
Naquela madrugada, A.F.T. dormiu no apartamento de Cardoso, que fica no mesmo prédio onde o crime aconteceu. Segundo ele, Lúcia foi ao seu apartamento por volta das 4h.
``Ele (A.F.T.) tremia muito e repetia que seu pai havia se matado", disse Cardoso.
Segundo ele, A.F.T. nunca lhe disse nada sobre a doença que o advogado teria. ``Ele era muito ligado ao pai. Não sei por que confessou."
A polícia também tomou o depoimento da mãe de Cardoso, Suzana Zacília, 49. Suzana ia com Lúcia à missa nos finais de semana. Ela disse que Lúcia comentou nos últimos meses uma única vez que seu marido estava com dores no estômago.
``Ela afirmou que se surpreendeu com a notícia do crime", afirmou o delegado Osmar Ribeiro Santos, do DHPP.
Ele também ouviu um porteiro do prédio para confirmar que nenhum estranho estava no apartamento na noite do crime.
Na próxima semana, deverão depor o policial Carlos Alberto Domingues, cunhado do advogado, e Bernardina.

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