São Paulo, sábado, 29 de julho de 1995
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Batalhão de choque é extinto

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

A extinção do BPChoque 2 (Batalhão de Choque 2) é a maior mostra de que as relações entre Secretaria de Segurança e Exército não são as mesmas.
O BPChoque 2 foi criado pelo governador Marcello Alencar para aquartelar os cerca de 1.100 soldados do Exército cedidos ao governo estadual.
O despreparo físico e intelectual dos soldados surpreendeu os professores do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PM (Polícia Militar). Muitos deles não alcançavam sequer os padrões de altura exigidos pela PM.
Cerca de 200 soldados já foram devolvidos pela PM ao Exército, acusados de deserção, inadaptação e, principalmente, envolvimento com atividades criminosas.
Com a saída da secretaria do general Euclimar da Silva -entusiasta do convênio-, a situação mudou para os soldados formados no Exército.
Insatisfeito com o quadro de despreparo e ineficiência que encontrou, Cerqueira determinou anteontem a desativação do BPChoque 2.
A transferência dos principais dirigentes do Cisp (Centro de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública) é outro golpe de Nilton Cerqueira nos elos militares da secretaria.
Montado pelo general Euclimar da Silva nos moldes dos serviços secretos das Forças Armadas, o Cisp tem funcionado como órgão apurador de atividades criminosas e do envolvimento de policiais com quadrilhas.
Segundo o chefe de Polícia Civil, Hélio Luz, o Cisp ficará voltado à administração do Disque-Denúncia, programa de incentivo a denúncias anônimas que funciona na Secretaria de Segurança Pública.
(ST)

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