São Paulo, sábado, 29 de julho de 1995 |
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Júri condena mãe à prisão perpétua
DANIELA FALCÃO
O júri só precisou de duas horas para determinar a pena. A decisão foi unânime. Se não fosse condenada à prisão perpétua, Susan seria executada. Quando o resultado foi anunciado, ela começou a chorar e foi abraçada por seus dois advogados, Judy Clarke e David Bruck. Segundo Bruck, Susan estava ``aliviada" com a decisão do júri. ``Ela sabia que sua mãe e o resto da família não suportariam vê-la ser condenada à morte. Por isso o alívio", disse Bruck em entrevista minutos depois do veredicto. Segundo Bruck, Susan continua sendo uma suicida em potencial. ``Ela está aliviada por sua família, mas não ficou pessoalmente feliz com o resultado." Logo após ser condenada, Susan foi levada por oficiais para a cela. Daqui a 30 anos ela poderá ter liberdade condicional. O advogado dela, David Bruck, usou a Bíblia para convencer os jurados. "Atire a primeira pedra aquele que está livre do pecado, citou, para um júri composto de evangélicos praticantes. O ex-marido de Susan, David, pai dos meninos, se disse desapontado. Desde o começo do julgamento (em 10 de julho), ele deixou claro que torcia para que a ex-mulher fosse condenada à morte. Ontem, o livro que David Smith escreveu sobre seu casamento com Susan e o assassinato dos filhos começou a ser vendido nos EUA. Houve fila na porta de algumas livrarias. O título do livro é ``Minha Vida com Susan Smith." O juiz William Howard, da corte de Union (Carolina do Sul), afirmou que a decisão do júri foi ``moralmente correta". Já o promotor Tommy Pope disse que o veredicto foi um erro. ``O crime praticado por Susan Smith é o mais hediondo que existe. Ela merecia morrer." Em 25 de outubro, Susan prendeu os dois filhos pelo cinto de segurança no banco de trás do carro e empurrou o veículo no lago. Em seguida, disse que um homem negro havia sequestrado os garotos e roubado o carro. Durante nove dias, o país inteiro se comoveu com os apelos de Susan para que as crianças fossem devolvidos. Diante da pressão da polícia, Susan confessou que ela havia matado os dois. O motivo teria sido a carta de um ex-namorado dizendo que não queria as crianças. Texto Anterior: Vietnã entra para comunidade asiática; França defende testes em jornal australiano; China liberta líder dissidente; Ministro japonês deixa liderança partidária; Ieltsin diz estar bem em ligação a Clinton; Desabamento mata 2 na Índia; O NÚMERO; Ataque no Sri Lanka falha e 200 morrem; Grunhido é ouvido no lago Ness Próximo Texto: Fujimori promete privatizações e combate à pobreza em sua 2ª posse Índice |
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