São Paulo, segunda-feira, 31 de julho de 1995 |
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E fez-se a luz Tancredo Neves estava prestes a renunciar ao governo de Minas para entrar na campanha para presidente da República. Atrás do último discurso do governador antes de ele deixar definitivamente o Palácio da Liberdade, uma multidão de jornalistas acompanhou-o à posse do novo presidente do Clube dos Diretores Lojistas de Minas, no Automóvel Clube de Belo Horizonte. O pronunciamento do candidato de oposição ao regime militar, entretanto, ficou para o fim. E todos foram obrigados a ouvir o longo discurso de posse do anfitrião. Como de costume em situações como esta, Tancredo cruzou as mãos, fechou os olhos e pôs em prática sua incrível habilidade de dormir em pé. Tudo corria bem até que os técnicos de luz das equipes de TV, percebendo que o tedioso discurso terminava, acenderam seus refletores sobre o governador. Tancredo acordou assustado e, num gesto automático, fez o sinal da cruz. Só parou com a mão já no ombro esquerdo, ao ouvir a gargalhada dos jornalistas. Texto Anterior: Pedreira; Fim de festa; Não é a Suíça; Barganha; Caravelas ou botes; Osso duro; Próxima estação; Seminário Próximo Texto: MP deve ter tramitação complexa, afirma Paiva Índice |
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