São Paulo, terça-feira, 1 de agosto de 1995 |
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Tesouro Nacional deve R$ 1,7 bilhão ao BB SILVANA DE FREITAS SILVANA DE FREITAS; GUSTAVO PATU
O Tesouro Nacional deve ao Banco do Brasil R$ 918 milhões referentes a operações de EGF (Empréstimos do Governo Federal), R$ 273 milhões de equalização de taxas e R$ 515 milhões de Proagro (seguro agrícola), pelos cálculos da área de contabilidade do banco. A equalização de taxas é o mecanismo pelo qual o Tesouro transfere à instituição recursos para cobrir prejuízos com empréstimos agrícolas concedidos a taxas de juros subsidiadas. O EGF é a operação na qual o governo empresta recursos para o agricultor armazenar a produção, por meio do banco. Estas duas dívidas são reconhecidas pelo governo mas o pagamento ainda depende de negociação, segundo documento do BB. O Proagro é o seguro agrícola. Esta dívida surgiu de contratos considerados irregulares pelo governo. O Banco do Brasil tenta negociar o reconhecimento da dívida pela área econômica. Em pronunciamento no dia 17 de julho em cadeia de TV, FHC disse não aceitar o calote. `Àtendemos a muitas reivindicações antigas dos agricultores, como a equivalência-produto. Estamos eliminando a TR (Taxa Referencial). Mas há uma coisa que não posso fazer: aceitar o calote.". FHC também afirmou não poder aceitar o calote por outra razão: ``você sabe muito bem que, na sua cidade, não é só o agricultor que enfrenta dificuldades com a taxa de juros". Segundo ele, ``se todos quiserem não pagar o que devem, será o caos no país". O governo autorizou a concessão de financiamentos agrícolas a taxas de juros fixas de 16% ao ano para créditos até R$ 150 mil, mas só permitiu a renegociação de 30% das dívidas passadas. Em casos excepcionais, este percentual chegaria a 50%. Na ocasião, FHC preparou o pronunciamento em reação ao ``caminhonaço" a Brasília convocado por agricultores para pressionar pelo fim da TR (Taxa Referencial) como indexador das dívidas passadas. O governo não atendeu à reivindicação. O BB tenta negociar o pagamento de débitos antigos, como o do extinto IAA (Instituto do Açucar e do e R$ 103,031, contraído há 17 anos. Na época, o IAA obteve empréstimo externo para repassá-lo a usineiros com o aval do banco. Texto Anterior: Compensação tem novo prazo Próximo Texto: Operação no Iraque gera débito de R$ 806 mi Índice |
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