São Paulo, terça-feira, 1 de agosto de 1995
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Hipermercado não é responsável, diz advogado

DA REPORTAGEM LOCAL

O hipermercado Paes Mendonça não tem responsabilidade sobre o que aconteceu à corretora Lucicleide de Souza França, segundo o advogado Carlos Roberto Gonçalves, 56, especialista em responsabilidade civil.
``É muito difícil os tribunais reconhecerem como responsabilidade do supermercado o que aconteceu do lado fora", diz.
Gonçalves explica que existe uma súmula do Tribunal de Justiça garantindo a indenização no caso de furto do automóvel. Já para o roubo a situação é mais complicada. Como ocorre o uso de arma, o supermercado poderia alegar que houve ``força maior" que não poderia evitar. Mesmo assim, Gonçalves se baseia no Código de Defesa do Consumidor para dizer que caberia uma indenização.
``Pessoalmente, acho que o roubo também deve ser indenizado, pois o Código não exclui essa possibilidade", afirma.
O hipermercado conta com 40 homens para fazer a segurança. Para entrar no estacionamento, que tem 1.500 vagas para automóveis, o motorista recebe um cartão com uma senha. O cartão para controle de acesso deve ser devolvido na saída.
O Paes Mendonça diz ainda que é ``muito pouco comum" o acesso de pessoas a pé ao estacionamento do hipermercado.

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