São Paulo, terça-feira, 1 de agosto de 1995 |
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`Ele só desabafou no escritório'
MARCELO GODOY
``Ele só se abriu quando estava no meu escritório. Foi uma surpresa para a família e para o tio", afirmou Dias, que defende o estudante. Segundo o advogado, em momento algum A.F.T.S. disse que seu pai tinha câncer. Os médicos consultados pelo advogado sempre disseram que ele não tinha a doença, mas Silva desconfiava dos diagnósticos. Ainda não está definida uma data para a ida de A.F.T.S. à Vara da Infância e Adolescência. O rapaz assumiu a morte do pai e foi liberado pela polícia após a mãe, Lúcia Rocha da Silva, 58, assinar um termo de compromisso para apresentá-lo à Justiça. O delegado Osmar Ribeiro Santos, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), disse que ainda continua investigando a autoria e a motivação da morte de Silva. Segundo ele, ainda deverão ser ouvidos os membros da unidade de resgate do Corpo de Bombeiros que foi chamada para socorrer o advogado após os disparos. Os médicos dessa unidade teriam feito massagem cardíaca e dado uma injeção em Silva para tentar reanimá-lo. A unidade de resgate foi chamada ao apartamento de Silva pelo cunhado do advogado, o policial Carlos Alberto Domingues. Domingues prestou depoimento ontem no DHPP. Ele disse que estava trabalhando no sábado à noite, quando foi chamado por telefone pelo sobrinho. A.F.T.S. e sua mãe teriam lhe dito que Silva teria se matado. Ele afirmou que foi ao apartamento do cunhado acompanhado de um amigo policial. (MG) Texto Anterior: IML diz que advogado tinha 3 doenças Próximo Texto: Árvore muda trajeto da Faria Lima Índice |
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