São Paulo, terça-feira, 1 de agosto de 1995
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EUA aumentam alíquota para aço

FLAVIO CASTELLOTTI
DA CIDADE DO MÉXICO

A partir de amanhã, o aço tubular de sete países -México, Argentina, Áustria, Coréia, Japão, Itália e Espanha- terá que pagar alíquota de 23,8% para entrar nos EUA. A Comissão de Comércio Internacional dos EUA julgou como prática de ``dumping" a venda desses produtos em território norte-americnao.
Segundo a comissão, as mercadorias estão sendo vendidas por um ``preço injusto", o que está causando ``sérios danos" à indústria siderúrgica norte-americana.
A ação de ``dumping" foi impetrada em janeiro pela Câmara Nacional da Indústria Siderúrgica dos EUA. O percentual de 23,8% representa o ajuste médio, necessário para regularizar o comércio de aço com os sete países.
Com apoio da indústria petroleira norte-americana (principal compradora de aços tubulares importados), empresários mexicanos do setor siderúrgico anunciaram ontem que vão recorrer à Comissão de Comércio do Nafta (Acordo do Livre Comércio da América do Norte).
O tratado, que reúne EUA, Canadá e México, possue mecanismos específicos para a resolução de litígios comerciais. A petição deverá ser julgada em 30 dias.

Previsões
A economia mexicana vai se recuperar já em 96, com um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) ao redor de 2,4% e uma inflação de 20%, informa estudo da corretora Salamon Brothers.
Em 95, segundo a empresa, a inflação será de 50% e o PIB deve cair cerca de 4%. O estudo sobre países em desenvolvimento, divulgado ontem, prevê uma brusca redução das taxas de juros no México. Elas devem cair de 45% (nível médio de 95) para 25% em 96.
A balança comercial, segundo o documento, vai registrar superávit de US$ 6 bilhões em 95 e US$ 4 bilhões em 96.
Já as previsões da corretora Morgan Guaranty alertam que a dívida externa do México deve chegar a US$ 172,5 bilhões no fim do ano.

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